FANTASMAS
Secretário-fantasma de Joaquim Barbosa vive nos EUA à custa do CNJ
A agência de notícias do CNJ chegou a publicar uma nota, em maio de 2013, informando que, “durante o período de estudos no exterior, o magistrado renunciará à remuneração decorrente da convocação do CNJ” (leia aqui). No entanto, conforme apuração da Folha de S. Paulo, ele continua a receber sem exercer a função. Oliveira já foi remunerado em R$ 28,7 mil pelo órgão durante sua “visita acadêmica” nos EUA. O juiz auxiliar Marivaldo Dantas assumiu suas funções. Nos corredores do CNJ, o caso é conhecido como o do “rolezinho do secretário fantasma do CNJ”.
Oliveira segue os passos de seu amigo e mentor Joaquim Barbosa. Durante suas férias no início do ano, o magistrado deixou em aberto o mandado de prisão do João Paulo Cunha (PT-SP), condenado na AP 470, antecipando recesso e alegando falta de tempo para concluir o caso. Além disso, teve 11 diárias bancadas pelo STF, no total de R$ 14.142,60, sob a justificativa de agenda oficial. O presidente do Supremo tinha na agenda, no entanto, a realização de duas palestras, em Paris e em Londres – uma delas de apenas 30 minutos.
A agenda oficial no exterior, que não havia sido divulgada, foi publicada pela assessoria de imprensa depois de pressão dos jornais sobre o assunto. “Qualquer servidor que se desloca em serviço recebe diárias”, defendeu-se. Em Paris, questionado por jornalistas, declarou: “Eu acho isso (a discussão sobre as diárias) uma coisa muito pequena. Veja bem, você viaja para representar o seu País, para falar sobre as instituições do País, e vocês estão discutindo diárias!”, acrescentou.
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