Observador político...
MOSSORÓ MAIS IMPORTANTE QUE A FEMURN.
Com a união do PMDB com o DEM, o eixo político estadual foi modificado. Depois de uma campanha sem reais apelos modificadores, o vice-governador Robinson Faria foi eleito, contra praticamente as forças tradicionais do Rio Grande do Norte. Acontece que Robinson havia sido aliado, anteriormente, de todas essas lideranças, como José Agripino Maia, Garibaldi Filho e Wilma de Faria que, em anos anteriores, ocuparam a mesma função, foram governadores. Robinson defendia a necessidade de uma administração diferente. Em muito pouco tempo chegou à conclusão que, na prática, isso seria impossível. Desde que assumiu, há exatos três meses, compreendeu que a máquina administrativa é mais complicada do que aparenta ser. E, a exemplo de todos que passaram pelo Palácio Potengi ou pela Governadoria, rendeu-se à realidade.
Na teoria, as alianças celebradas em 2014 deverão ser repetidas em 2018, lembrando, de passagem pelas eleições 2016. Essa não é uma constatação matemática. A união do PMDB com o DEM foi capaz de enfrentar situações difíceis, inimizades históricas, o que não significou uma vitória eleitoral. Para o próximo pleito, os problemas maiores estão com os aliados do PT, por conta das dificuldades que o partido vem enfrentando, em nível nacional. Robinson lançou, antecipadamente, o nome do deputado estadual Fernando Mineiro para disputar a Prefeitura do Natal. O PMDB deverá apoiar a candidatura do atual prefeito à reeleição. Outros nomes serão apresentados, mas a disputa principal será entre Fernando Mineiro e Carlos Eduardo , que representarão as forças políticas mais tradicionais da capital do Estado.
No caso de Mossoró, a equação parece ser um pouco mais complexa. O prefeito Francisco José da Silveira Jr. acredita que poderá disputar a reeleição, pois existem opiniões divergentes sobre o assunto. Faz certo em apostar nessa hipótese, pois, em caso contrário, o seu governo começaria a se esvaziar. Aliados mais próximos, entretanto, já trabalham alguns nomes para que sejam aprovados na convenção. Isso, no caso de ele optar por não enfrentar uma batalha judicial. E quem são os aliados do prefeito? Quais os nomes mais confiáveis em que poderia investir? Resposta difícil. Depois, é preciso saber como estará sua avalição administrativa quando se aproximar o período eleitoral. No final de semana foi conhecido o resultado de pesquisa aplicada em Mossoró, onde todas essas questões foram analisadas.
Em seu favor, Silveira tem uma oposição que não está desarticulada, mas totalmente estática. Falta definir o projeto futuro, um nome que tenha condições de reunir as principais lideranças locais. Os primeiros passos estão sendo dados, mas é preciso superar a desconfiança natural existente. Muita coisa poderá acontecer no período que nos separa até as convenções. No plano municipal, por exemplo, aconteceu uma mudança súbita no discurso atual. As mensagens positivas, que muitas vezes pecavam pelo excesso, foram substituídas repentinamente por outras mais pessimistas, cheias de dificuldades, admitindo até o corte nos salários do prefeito e dos secretários. Entre os silveiristas o alerta, o cuidado para não se priorizar a Femurn em detrimento de Mossoró que deve ser o objetivo principal do grupo.
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