Lava Jato

OPERAÇÃO LAVA-JATO MANTÉM 8% DOS 260 RÉUS EM PRISÃO PREVENTIVA

 

Prestes a completar três anos, a Operação Lava Jato em Curitiba tem 8% dos 260 réus na primeira instância presos preventivamente por ordem do juiz Sérgio Moro. Os investigados são acusados de envolvimento corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, fraude ao sistema financeiro e organização criminosa.

Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 25, pela Procuradoria da República no Paraná. Segundo o Ministério Público Federal, foram decretadas 79 prisões preventivas ao longo das 37 fases da operação, o que dá uma média de cerca de duas prisões por fase. Com o passar do tempo, contudo, muitas foram revogadas pelo próprio juiz Moro, 'quando não se mostraram mais necessárias', diz a Procuradoria.

"Se levarmos em conta outros dois momentos da operação, a variação não foi grande. Em fevereiro de 2016 a força-tarefa Lava Jato em Curitiba havia acusado formalmente, até então, 179 pessoas. Destas, 15 permaneciam detidas preventivamente, representando 8,3% do total de denunciados. Já em setembro de 2016, o número de acusados subiu para 239 pessoas. Nesta época, 21 réus permaneciam presos, representando 9%", segue a nota da força-tarefa.

Para os procuradores da Lava Jato, os dados mostram que as prisões preventivas estão sendo utilizadas de forma 'excepcional' na Operação e refutam a tese de 'uso excessivo' das preventivas. Este tipo de prisão ocorre antes de o réu ser condenado para preservar o andamento da investigação e ganhou notoriedade com a Lava Jato, que colocou atrás das grades nomes de poderosos como os maiores empreiteiros do País além de ex-ministros e ex-diretores da Petrobras. Para Deltan Dallagnol, procurador da República e coordenador da força-tarefa Lava Jato, 'os crimes de corrupção e lavagem se multiplicaram às centenas por mais de uma década'. "Desviaram bilhões que seriam preciosos para serviços essenciais, como saúde, educação, saneamento e segurança. A Procuradoria aponta, ainda, que o porcentual de confirmação das decisões da Lava Jato ultrapassa 95% nas instâncias superiores-Tribunal Regional Federal da 4ª Região, Superior Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal.

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