Lava jato

14 fevereiro 2017 Operação Lava Jato deve interferir nas eleições de 2018 no RN, afirmam especialistas Para especialistas, envolvimento do PMDB e processos poderão afetar tanto a composição das coligações quanto uma possível candidatura ao Governo do Estado  A Operação Lava Jato poderá interferir nas eleições de 2018 aqui no Rio Grande do Norte. Pelo menos essa é a opinião de cientistas políticos que falaram ao Agora Jornal. Para eles, com o evidente envolvimento do PMDB no esquema de corrupção na Petrobras, e os processos pendentes que devem ser julgados até o próximo ano pela Justiça Federal, poderão afetar tanto a composição das coligações quanto uma possível candidatura própria ao Governo do Estado. Para Daniel Menezes, que é Doutor em Ciência Sociais e professor da UFRN, a operação do Ministério Público Federal de Curitiba pode afetar também, o senador José Agripino Maia, caso opte pela reeleição. “O PMDB está fortemente implicado, e também integrantes do Democratas foram citados nas delações. A Lava Jato pode terminar de inviabilizar de vez a postulação do senador José Agripino caso ele tente ser candidato ao Senado”, disse ele, ponderando se o cenário irá favorecer o governador Robinson Faria (PSD) caso seja candidato à reeleição. “Se isso favorece Robinson, é uma coisa que a gente tem que acompanhar melhor. Mas em caso de o PMDB caminhar para uma candidatura de oposição, favorece sim”, concluiu. O cientista político Bruno Oliveira concorda com Daniel. Para ele, em um cenário ainda distante para as eleições de 2018, Robinson seria o principal candidato, uma vez que a chapa de oposição estaria desgastada perante a opinião pública. Chapa essa liderada por Carlos Eduardo, e que teria os senadores José Agripino e Garibaldi Alves como candidatos à reeleição para o Senado. “Acho que Robinson certamente será candidato a reeleição, e vai ser um candidato forte. Quem vai disputar com ele, não sabemos. O potencial candidato adversário dele, é o prefeito Carlos Eduardo (PDT), mas sendo um Alves candidato ao governo, tendo como colegas de chapa Garibaldi, que é um outro Alves, e José Agripino, será que vai sair com competitividade mesmo com tanto desgaste dos partidos a nível nacional?”, indagou. Ele ainda citou outros cenários que podem influenciar nas eleições, como as eleições para presidente da República, e outros candidatos que podem surgir, como a senadora Fátima Bezerra (PT), que “teria condições” de propor seu nome. “O PDT, partido do prefeito, pode ter candidato a presidente em 2018, que é o ex-ministro Ciro Gomes, e isso vai influenciar também na campanha. Além de outros nomes, como a senadora Fátima. O PT teve todo seu desgaste até o impeachment de Dilma, mas de lá pra cá tem sido esquecido. Será que daqui para eleição ela não chega fortalecida? Pode chegar. Foi eleita com expressiva votação e terá condições de ser candidata”, concluiu Oliveira.

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