Violência
Se fosse um país, RN seria o segundo com mais homicídios no mundo
Estado só perderia para Honduras, que lidera taxa de homicídios, segundo a ONU
Por Dinarte Assunção

Os primeiros meses de 2017 projetam uma violência no Rio Grande do Norte, que, pela primeira vez, atingiu uma taxa de homicídios, para o período considerado, de 14,6. É a maior da história para os primeiros meses dos ano. Foram 500 mortes entre 1º de janeiro e este 15 março.
Nesse ritmo, projeta o Observatório da Violência Letal Intencional no Rio Grande do Norte (Obvio), 2017 terminará com cerca de 2.500 homicídios. Será a primeira vez que, no RN, a barreira dos dois mil terá sido rompida. Igualmente, a taxa será recorde, e alcançará 73 mortes para cada grupo de 100 mil habitantes.
Com esses números, se fosse um país, o Rio Grande do Norte seria a segunda nação onde mais se assassinam pessoas no mundo, perdendo apenas para Honduras, que tem 103,9 homicídios para cada grupo de 100 mil habitantes, de acordo com o World Healt Statistics, estudo global da Organização das Nações Unidas divulgado no ano passado.
Evolução
De janeiro a 15 de março nos últimos três anos, as taxas variaram até a situação atual.
Em 2014, foram 351 mortes; 2015, 327 e 375 no ano passado. O comparativo entre este ano e 2016, portanto, revela que de 1º de janeiro a 15 de março, os homicídios dispararam 33,3%.
A região metropolitana de Natal lidera os índices. Na capital, neste ano, já foram contabilizados 132 homicídios, mais de um quinto do total apurado no Estado, o que permite ainda concluir que, todos os dias, mais de uma pessoa está sendo assassinada em Natal.
As demais cidades que aparecem no ranking são Parnamirim (38), Ceará Mirim (37), São Gonçalo do Amarante (17), Macaíba (19), Nísia Floresta (30).
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